O permanente dilema entre a razão e o coração. Diz a sabedoria popular que quando a cabeça não tem razão, o corpo é que paga. Ou quem não tem cabeça, tem pés (esta para os distraídos que se esquecem de tudo). Ou, ainda, que o coração tem razões que a razão desconhece. Tudo para significar que, quando a emoção, ou os sentidos, comandam a razão, normalmente é o coração que se ressente, no sentido que pode levar, quer à alegria extrema, quer ao sofrimento.
É costume catalogar as pessoas na dicotomia racionais-emotivas. As primeiras são, por definição, mais cerebrais, cautelosas e com o hábito de planear rigorosamente a sua vida ou partes dela. As segundas são, normalmente, mais sonhadoras e com tendência para agir por impulso, muitas vezes sem a total medida das consequências. Do pensar ao agir distanciam-nas um passo, seguem o seu coração, choram nos filmes, mesmo que seja o Bambi, enternecem-se com pequenos nadas, como o desabrochar de uma flor ou com a chuva a bater no telhado.
Não sou especialista da natureza humana, esta é apenas a minha visão, não rigorosa, do assunto. Porque não há regra sem exceção. Eu sou mais coração que razão, costumo dizer que não me preocupo com antecedência e sou de me aventurar, à última hora, em situações que outros planeiam com grande antecedência. Até hoje não me arrependo, nem um bocadinho, de ser assim.
E viva a natureza humana, viva a diversidade!
Fotos: Povo de Timor-Leste.
Settings: Canon EOS 5D Mark III
Shutter speed 1/30 sec, at f/3.2, focal length 70mm, ISO 200
Shutter speed 1/60 sec, at f/5.6, focal length 70mm, ISO 100