Penso muitas vezes nos (des)encontros que temos na vida. Passamos pela vida dos outros, eles passam pela nossa, ficam ou partem, e bem. Mas muitas vezes entram ou saem dela num momento da vida em que sentimos que é demasiado cedo, ou demasiado tarde. Nunca no momento certo, porque se fosse o momento certo teria sido em hora diferente e continuariam a estar, ou teriam partido deixando um sentimento doce, de ter que ser, de não ter podido ser de outra forma.
Pergunto-me muitas vezes se isto dos (des)encontros é “culpa” de um desígnio superior, aquilo a que chamamos destino, se tinha que ser assim, e não de outra forma, se acontece por uma razão que só mais tarde vimos a descobrir e a compreender; ou se depende inteiramente do acaso, de contextos que fazem com que as pessoas se cruzem na vida, e depois dela saiam quando a conjuntura acabou;
ou, por último, e aqui é onde tendo a enquadrar-me, se não cabe a nós, desafiando o destino e o acaso, fazer acontecer se queremos transformar desencontros em encontros.
Pesando os pratos da balança, ponderando os riscos e vendo qual , afinal, pesa mais, que para nós valha mais, talvez, que uma vida.
Fotos: Ilha de Ataúro vista de Díli, Timor-Leste / Vista do Cristo Rei de Díli, Timor-Leste... com um passarinho
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