[Ciência] Câncer X Sobrepeso e Obesidade

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O tempo avançou, a indústria de comida processada entrou de sola no mercado mundial, a população (cada vez mais sedentária) "ganhou" massa corporal e, claro, isto seria cobrado... a conta não é nada barata.



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Esta terrível relação está explicada por investigadores da USP e de Harvard no artigo "The increasing burden of cancer attributable to high body mass index in Brazil", recentemente publicado na revista a Cancer Epidemiology.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),

a obesidade e sobrepeso estão associados ao aumento de risco de 14 tipos de câncer, como o câncer de mama (pós-menopausa), cólon, reto, útero, vesícula biliar, rim, fígado, mieloma múltiplo, esôfago, ovário, pâncreas, próstata, estômago e tireoide, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).


O investigador-orientador explica que:

Hoje se sabe que há uma razão biológica para haver essa relação, com mecanismos moleculares ou metabólicos bem descritos. É o caso da insulina. A obesidade causa resistência à insulina gerando inflamações e o aumento da proliferação celular” (Eluf Neto)


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Photo credit Mike Licht, NotionsCapital.com on VisualHunt CC BY


Agora é só observar o que acontece no Brasil: dos mais de 400 mil casos diagnosticados anualmente, metade corresponde a estes 14 tipos e, de acordo com a pesquisa acima citada, 3,8% são atribuíveis ao IMC (índice de massa corporal) elevado, ou seja, em mais de 15 mil seria possível prevenir a doença eliminando, dentre vários fatores e causas, só o fator de risco sobrepeso/obesidade.

O estudo ainda identificou a população e as regiões onde os cânceres cujo fator sobrepeso/obesidade tem mais impacto e, consequentemente, são preveníveis:

  • regiões: sul e sudeste (principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul)
  • estados: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo (mulheres); Mato Grosso do Sul e São Paulo (homens)
  • a população feminina sofre maior incidência, que se explica pelos casos de câncer de ovário, útero - exclusivos das mulheres - e mama, que ocorre menos nos homens.

No texto de apresentação do artigo, disponibilizado aqui pela agência Fapesp, os investigadores alertam que é urgente a aplicação de políticas públicas voltadas para o controle do sobrepeso/obesidade e que estas devem focar toda o Brasil porque, de modo geral, o IMC está aumentando, ano após ano, em todo território nacional.

O que fica claro depois destes textos é que, diminuir medidas, não é só questão estética, vai muito além... mas também não é para pesarmos em atitudes radicais, bulímicas e anoréxicas para afinarmos o pancil. Calma! Comecemos pelo princípio e, como não sou da área da saúde, sugiro que comecemos com uma coisinha simples: observarmos e repensarmos a nossa alimentação.


Obrigada pela leitura e até a próxima :)



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