Ontem, circulou um cupom de desconto para o Burger King no Whatsapp. A mensagem propaganda levava as pessoas a uma página falsa de cadastro para os capturar dados das vítimas. O golpe já atingiu 350 mil brasileiros, de acordo com a companhia de segurança digital PSafe.
Dos golpes às notícias falsas, impressionante a facilidade e criatividade das pessoas para enganar os outros. Atenta aos boatos e suas viralizações, a mídia e os sistemas eleitorais do mundo inteiro já começaram a criar mecanismos para combater o problema que ganhou o bordão de fake news.
O termo começou a surgir com mais frequência na eleição presidencial norte-americana de 2016. No ano seguinte, já havia se popularizado na boca de Donald Trump para se defender das notícias que ele considerava negativas sobre sua presidência. Ele chegou a assumir a criação do termo.
As menções a fake news aumentaram 365%, em 2017 (Foto: Johnhain/Pixabay)
No entanto, ele já existe há mais de 100 anos. De acordo com o dicionário de inglês norte-americano, Merriam-Webster, o termo foi utilizado pela primeira vez em um contexto político ainda no século 19.
No fim do ano passado, eu quase caio em uma dessas armadilhas. Era o caso daquela notícia mentirosa sobre corrupção na Mega Sena. Como os escândalos no Brasil, estão frequentes, imaginei que poderia ser mais um deles. Por sorte, dei uma pesquisada para me certificar e vi que eram só boatos do tipo “me engana que eu posto”.
Em diversos contextos podem surgir diferentes tipos de boatos. Felizmente, a tendência é que boa parte deles não se tornem notícias. Para contextualizar o assunto, inúmeros documentários e filmes já foram produzidos.
O que mais me chamou a atenção foi O preço de uma verdade (Shattered Glass), de Billy Ray. Baseado em fatos reais, o filme aborda a ética no jornalismo. Na trama, Stephen Glass (Hayden Christensen) é um jornalista bem-sucedido em uma das principais revistas de Washington, The New Republic. Porém, atrás da sua fama há uma história de farsas para ser desvendada e levada a público.