Em qualquer cidade do Rio Grande do Sul, Zero Hora é sinônimo de jornal e de longe o mais lido entre os gaúchos. É uma referência no jornalismo e faz parte do grupo RBS, que possui rádio e televisão, também líderes de audiência por aqui.
Passei muitas vezes em frente à redação na avenida Ipiranga em Porto Alegre e era leitor assíduo, mas nunca havia tido um contato mais próximo até começar a trabalhar com Internet.
A minha primeira aparição no jornal foi uma surpresa e só fiquei sabendo porque me avisaram no Twitter. Nem teria como descobrir de outra forma porque não citaram a fonte em momento algum, apenas utilizaram os dados do levantamento que eu havia feito.
Como era um trabalho inédito e com um métrica que eu mesmo criei, não restavam dúvidas. Eu havia saído na Zero Horas sem os devidos créditos, mas não me importei com isso. Fiquei feliz que reproduziram o meu ranking dos brasileiros mais influentes no Twitter.
A minha segunda aparição, sim, tem meu nome e até foto. Interagia com a responsável pela editoria de tecnologia do jornal através do Twitter e estava tentando convencê-la que o site estava prestes a se tornar um fenômeno no Brasil.
Ela havia decidido escrever sobre o site, mas quando fui à Porto Alegre a matéria já havia sido finalizada e ela estava escrevendo outra sobre SPAM.
– Você quer participar? Eu te entrevisto, fazemos algumas fotos e publico. – ela insistiu.
– Tudo bem, lido com SPAM todo dia, por que não?
Conversamos um bom tempo sobre o assunto, mas o que chamou a atenção dela foi quando contei que já havia sido alertado pelo Gmail por enviar muitos e-mails com o mesmo conteúdo para uma lista de usuários.
Eu queria divulgar o meu blog e todos eles eram colecionadores mas, de qualquer forma, me tornei spammer por um dia. E foi essa história que foi parar no jornal.
Ainda bem que ninguém liga para o que está escrito e todos os meus amigos vieram me dar os parabéns por ter saído na Zero Hora.
Primeiro capítulo: Disquetes e entrevista da China
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