A minha relação com a vida universitária não é nada convencional. Já cursei de jornalismo a sistemas de informação, mas não me arriscaria na área de exatas novamente. Então, pensei no curso que faria sem pensar duas vezes e me inscrevi no vestibular para Filosofia.
O curso de Filosofia da UFSC é um dos melhores do Brasil, aprendi muito, mas aproveitei que não tinha aula às sextas-feiras e me inscrevi nas disciplinas que me interessavam em outros cursos. Depois de passar uma vez pela universidade, faz mais sentido procurar o que nos interessa mais.
Foto: Aula de Habitats de Inovação do curso de Ciência da Informação na UFSC
Havia um curso novo de Ciência da Informação com vagas disponíveis e comecei a cursar as disciplinas de Empreendedorismo e Habitats de Inovação. Também me inscrevi no projeto de extensão Empreendedores Universitários do curso de Administração.
Junto com outros alunos, pude organizar melhor meu plano de negócios e escolher um nicho de mercado para explorar. Na época, os produtos naturais e orgânicos estavam começando a ganhar força e achamos que seria uma boa ideia investir mais nessa área.
Comecei a pesquisar as startups que já atuavam no mercado e descobri que realmente havia muita gente investindo, mas ainda em fase inicial. O maior empreendimento chama-se Comida da Gente, uma rede de compras colaborativas que se organiza para adquirir diretamente dos produtores.
Outra iniciativa que me chamou a atenção foi a Plantepramim, um e-commerce de produtos orgânicos locais. E a proposta mais ousada chamava-se Acho Justo, um serviço por assinatura que vendia orgânicos a preço de custo.
A maior dificuldade, sem dúvida, era a logística. Comecei a procurar comerciantes de produtos naturais para montar a minha próxima empresa. Em pouco tempo, teria o meu próprio site no ar também.
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