Quando percebi que as redes sociais se tornariam uma mídia tão importante quanto a TV, rádio, jornal e revistas, decidi que estava na hora de aproveitar a oportunidade e correr atrás de um trabalho relacionado à essa transformação do mercado.
Eu já havia feito muitos trabalhos para a Internet, mas queria me dedicar exclusivamente à criação de conteúdo online. Na época, só as agências de publicidade ofereciam essa possibilidade.
Procurei os contatos que conheciam os donos das agências na cidade e marquei as reuniões para apresentar a minha proposta. Sim, eu queria uma vaga, mas eu que fazia a proposta. A possibilidade de dar certo era muito pequena.
Na primeira reunião, o dono da agência levantou e me deixou falando sozinho. Trabalhar com perfis de pessoas públicas na Internet? Não fazia sentido para ele. Na segunda, a dona foi mais atenciosa, ouviu até o final, agradeceu, mas não tinha interesse.
Já a terceira reunião foi em um portal de notícias e fui recebido com muito mais interesse, mas o meu contato era com o jornalista responsável pela redação e ele precisaria conversar com o dono posteriormente para me dar um retorno.
Diante disso, eu tinha duas opções, continuar no emprego ou largar tudo, acreditar no meu projeto e procurar agências maiores em outras cidades. Escolhi a segunda opção. Pedi as contas e, com o dinheiro da rescisão, viajei para São Paulo com duas reuniões marcadas para a outra semana.
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