Somos melhores a dar conselhos aos outros (quando no-los pedem, há que realçar a importância disto) do que a segui-los nós próprios. Porque será? Teoricamente, se em causa própria, os nossos pensamentos e o conhecimento concreto das situações e das pessoas envolvidas, os conselhos deveriam resultar mais e melhor connosco. E, fazendo então analogias, damos os conselhos aos outros que pensamos melhor se adequam às suas situações.
E porque será então que com os outros resulta e connosco, muitas vezes, não? É estranho. Tenho uma amiga que me pediu um conselho sobre uma relação. E eu dei. Uma situação clássica a que se costuma chamar um triângulo amoroso em que um dos vértices teima em o eternizar. Ela, compreensivelmente, reclamava e pedia uma decisão. Sem sucesso, durante uma eternidade. Até que me perguntou o que deveria fazer. E eu aconselhei-a a não fazer nada. Arriscar. Silenciar-se, recolher-se.
E ela fez isso. E ele, então, pouco tempo depois, veio para ficar. Hoje estão juntos e felizes. E ela agradece-me e diz que foram os meus conselhos sábios que conduziram à sua felicidade. Que seria sua madrinha de casamento, se um dia se vier a casar. Já viram?
Porque, então, somos tão sábios com os outros e tão pouco connosco?
Porque não seguimos, nós próprios, os nossos conselhos, nas tantas ocasiões da vida?
E porque tantas vezes eles não resultam connosco?
Quem sabe responder?
Eu não sei!
Isabel
www.isabelnolasco.com
Fotos: Templo Wat Phra Singh, Chiang Mai, Tailândia.
Tiradas com a minha Canon EOS 5D MKIII.
Uma boa semana, amigos!
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