Pesquisando por possíveis clientes, percebi que havia um programa de televisão repercutindo bastante na Internet. A Band estava transmitindo uma versão brasileira do programa CQC, que fazia muito sucesso na Argentina e foi de lá que vieram os meus primeiros contratos.
Com o orçamento apertado, a produtora argentina estava apostando em humoristas que se destacavam na Internet. A mistura de humor e jornalismo deu certo e o programa se tornou um dos destaques da emissora.
Eram três apresentadores e cinco repórteres fazendo piadas com os entrevistados e perguntas que nenhum jornalista fazia. O âncora Marcelo Tas já havia feito algo parecido com o repórter fictício Ernesto Varela e foi o responsável por conduzir a atração durante sete anos.
Sem a seriedade dos telejornais tradicionais, o CQC atraiu o público jovem e o sucesso repercutiu na Internet em comunidades do Orkut e em uma nova mídia social chamada Twitter. Com atualizações via celular, os apresentadores conversavam com os fãs minutos antes de entrarem no ar e durante os intervalos do programa.
Só faltava um apresentador aderir à novidade e essa era a minha oportunidade. Mandei um e-mail para o Marcelo Tas perguntando o que ele achava de convidar o colega para participar também, me antecipei e já criei uma conta para ele.
Não demorou muito e a produtora do apresentador entrou em contato comigo e passei a senha para que ele assumisse a conta. A partir daí, começamos a conversar e quando fui à São Paulo marquei uma reunião com eles também para apresentar o meu projeto.
Quando nos encontramos, expliquei o potencial da mídia social e ofereci assessoria para gerenciar as redes sociais do artista. E não é que estavam precisando mesmo? Fui contratado e comecei a minha carreira como assessor de mídia social.
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