Um dos primeiros vídeos que assisti no YouTube era de um personagem contando histórias de motoboy em São Paulo. Assisti várias vezes, mostrava para os amigos e fiquei curioso para descobrir quem era. Algum tempo depois, fiquei sabendo que a apresentação fazia parte do espetáculo Ventilador de Alegria do grupo de teatro Terça Insana.
O nome do ator era Marco Luque e haviam muitos outros personagens interpretados por ele, além de vários personagens de outros atores também. O DVD, gravado em uma das apresentações em São Paulo, estava todo no YouTube. O sucesso no teatro e na Internet o levaram à bancada do CQC, programa argentino que estreou no Brasil em 2008 e misturava humor e jornalismo.
Eu havia ouvido falar no CQC por um grupo de amigos e em pouco tempo o programa ganhou as redes sociais. Quando percebi o potencial da atração, larguei tudo e fui para São Paulo apresentar a minha proposta de trabalho para eles. Não tão rápido, claro. Houve alguns contatos antes para me certificar que poderia dar certo.
Depois de conversar por e-mail com o âncora do programa e criar um conta para o Marco Luque no Twitter, marquei as reuniões e, finalmente, apresentei a minha proposta. Depois da primeira reunião, conversamos algumas vezes e a produtora do ator me procurou para divulgar o início da carreira solo do ator com um espetáculo de stand up comedy.
Era a oportunidade que eu estava esperando. Assumi o blog, as contas nas redes sociais e comecei a gerar conteúdo para divulgar o trabalho e os shows que estavam começando. Estava surgindo a profissão de analista de mídia social e eu era um dos primeiros no Brasil.
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