No fundo, nunca mudamos, somos como somos e mesmo as circunstâncias da vida, ainda que duras, não mudam a nossa essência. Somos talhados à nascença, sob o signo de uma personalidade, ou dos astros, ou sabe-se lá mais do quê. A educação, o meio em que vivemos limita-nos ou expande-nos, molda a nossa personalidade e ensina-nos a viver com os outros, em sociedade.
Mas lá no fundo a nossa garra, os nossos traços são os mesmos e, se a idade nos dá sabedoria, nos ensina a gerir as nossas emoções, nos inculca a paciência necessária para os desafios que vão surgindo, a verdade é que, em tudo isso, mostramos a nossa marca, a nossa matéria-prima que nos faz agir e acontecer em resultado delas. No fundo, nunca mudamos.
Continuamos a ver a vida como sempre a vimos, a mergulharmos nela de cabeça, ou de pés, afoitos ou não tanto, e a cairmos e a levantar-nos dela mais fortes, mas não menos iguais a nós próprios. No fundo, nunca mudamos. Continuamos a ser mais razão ou coração, consoante a nossa personalidade, e a fazer os mesmos erros ou a ter as mesmas virtudes, a acreditar, ou a desconfiar... sempre.
No fundo, nunca mudamos. Somos uma argila que se moldou à nascença e, com mais ou menos fendas, mantemos a forma e o conteúdo que sempre tivemos. No fundo nunca mudamos, somos únicos, cada um de nós. Felizmente.
Fotos: Por-do-sol, Darwin, NT, Austrália.
Tiradas com a minha Canon EOS 5D MKIII.
Um bom fim-de-semana, amigos!
Isabel
www.isabelnolasco.com
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