Há quem viva a vida inteira pela metade, pela rama. Todos nós, em algum momento da vida, fazemos isso, quando estamos num processo para conseguir algo a que nos propomos, quando fazemos planos para o futuro. Mas há pessoas que vivem superficialmente a vida toda. Na família, no amor, no trabalho. Não valorizam. Desvalorizam, até. Não consideram as bênçãos que têm, dão-nas como dado adquirido.
Não entram na espessura da vida, dos dias, da alma dos outros. Não aprofundam, não respondem, aos afetos e ao que os rodeia, deixam futilmente vencer o que consideram importante, como o orgulho, o cansaço, o conformismo. Indolentes, indiferentes. Não abençoam o que têm. Vivem a vida pela metade, sobrepondo o acessório ao fundamental. Desistem sem nunca terem tentado, ou sem tentar mais uma vez. Ou não têm sequer consciência do que é verdadeiramente importante, por isso nem lhes passa pela cabeça tentar.
Não façam isso, procurem dentro de vós o que é importante, aquilo por que vale a pena lutar. Entrem nas profundezas do vosso ser e descubram nele um tesouro. De afetos, de empatia, de respeito, de valorizar o que é verdadeiramente importante.
Porque é isso que se leva da vida.
Nada mais fica.
Nem o rancor, nem o orgulho, nem, talvez, o arrependimento.
Tudo isso transforma a vida em algo superficial que não merece ser vivido.
A vida é uma dádiva e serve para nos darmos a ela.
Por inteiro.
Isabel
www.isabelnolasco.com
Fotos: Paisagens de Timor-Leste.
Tiradas com a minha Canon EOS 5D MkIII e editadas em Lightroom.
Bom fim-de-semana, amigos!
To read this post in English click the link @nolasco/life-by-the-half-my-inspirational-writing-for-the-weekend
*se gostou deste post talvez goste destes:
@nolasco/guerra-e-paz-a-minha-escrita-no-meio-da-semana